sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A fotografia na história

Ao pensar história,vejo envolvente em todos os sentidos o homem.Assim vimos que ele produz reflexos,e dessa forma saber notá-los e interpretar o(s) seus sentido(s) exige atenção e observação.O conceito de imagem não limita-se apenas em algo teórico,mas esta adicionado da prática integrada em provocações no desejo da busca pela história conforme Ciro Flamarion (1997, p. 571) “Diz-se hoje, então, a respeito da imagem visual, que é uma unidade de manifestação auto-suficiente”.A fotografia é uma das várias maneiras de registrar não só presente, mas o passado,talvez esse é uma de suas essências,as imagens falam por si mesmo como também produzem pontos de vista,interpretações,conclusões emotivas,enfim diversos outros fatores aliados no ato do registro e no resgate de alguns.

Ciro Flamarion diz:

De lá para cá, tanto a noção de documento quanto a de texto continuaram a ampliar-se. Agora, todos os vestígios do passado são considerados matéria para o historiador. Desta forma, novos textos, tais como a pintura, o cinema, a fotografia etc., foram incluídos no elenco de fontes dignas de fazer parte da história e passiveis de leitura por parte do historiador. Ciro Flamarion (1997, p. 569)

Fotografar ou registrar em forma de imagem é proteger riquezas históricas dadas e expostas ao tempo,esse mesmo que compõe pode ser o caminho para o esquecimento ao passar das gerações e as modificações das própras.Ao desenvolver uma pesquisa nesse âmbito,nota-se que o grau de abrangência pode-se destacar em um contexto local como também ter uma dimensão bem maior,em termos de conceitos como de memória e história mas,sobretudo a outro conceito; o de tecnologia.

Este por sua vez aproxima a história de outros campos,bem como novas ciências e competências,esse fato lembra a questão dos annales e sua busca por uma história com fontes diversificadas e não uma posição tomada como única e verdadeira fonte ou verdade absoluta.Embora fica notável enquanto a questão de fontes fotográficas a existência de manipulação,essa por sua vez é um fator decorrente do contexto social e visão intelectual,mesmo que possa se passar despercebida,dessa maneira a imagem não transmite a realidade,mas uma representação do real vista de um ponto.

Desta maneira,vejo esse processo de forma diversificada,ou seja, tendo o Brasil como análise pode-se notar que em determinadas épocas possuem características que diferem de outras,sejam mais antigas como também mais recentes quando ressalta-se o estilo fotográfico de padrões sociais nessas épocas enfocadas,seria os parâmetros de foco da fotografia onde na medida que isso ocorre percebe-se que valores foram estabelecidos nesse meio.Com isso o olhar do historiador deve ser ampliado como cita Flamarion e assim pensar o(s) motivo(s) instimulantes para determinada fotografia em seu tempo.


Colocando-se em meu cotidiano,vejo que esses fatos estão presentes em minha realidade,ela é provocante para realização dessa pesquisa,de trabalhar esse tema,mas acima de tudo procuro estabelecer não só a fotografia mas toda representação ou grafismo como as primeiras tentativas de unificar ou preservar uma identidade tanto individual como coletiva de convívios humanos e relações afetivas de primeiros grupos,esses primitivos mas em constante evolução e que hoje são formadores de uma sociedade dinâmica e marcante em cada configuração no tempo de seus atuantes.

BIBLIOGRAFIA

Dominios da história : ensaios de teoria e metodologia/Ciro Flamarion Cardoso, Ronaldo Vainfas (orgs.).- Rio de Janeiro: Campus, 1997.